15 de junho de 2012

Teria a prova vida exótica sido encontrada em Titã, uma das luas Saturno?


Concepção artística da superfície de Titã.

Dois novos documentos científicos baseados em dados coletados pela sonda Cassini, analisam a atividade química complexa na superfície da lua Titã, de Saturno.


Apesar de uma possível explicação não biológica poder elucidar os processos lá encontrados, alguns cientistas acreditam que estas assinaturas químicas possam significar a existência de uma forma de vida primitiva e exótica, ou de um precursor da vida na superfície de Titã.  De acordo com uma teoria demonstrada por astrobiólogos, as assinaturas preenchem duas importantes condições necessárias para uma hipotética ‘vida baseada no metano’.

Uma descoberta chave vem de um estudo disponibilizado online na publicação Icarus, que mostra moléculas de hidrogênio fluindo através da atmosfera de Titã e desaparecendo em sua superfície.  Um outro estudo apresentado online no Journal of Geophysical Research, mapeia os hidrocarbonetos na superfície de Titã e detecta a falta de acetileno.

Esta falta de acetileno é importante, pois esse químico provavelmente seria a melhor forma de energia para uma vida baseada em metano, disse Chris Mckay, da NASA Ames Research Center, em Moffett Field, Califórnia, que propôs as condições necessárias para este tipo de vida baseada em metano na superfície de Titã, em 2o05.

Uma das interpretações dos dados sobre o acetileno, é que o hidrocarboneto esteja sendo consumido como alimento.  Mas McKay disse que o fluxo de hidrogênio é ainda mais crítico, pois todos os mecanismos propostos envolvem o consumo de hidrogênio.

As recentes descobertas são consistente com as condições que poderiam produzir um vida exótica baseada em metano, mas não são uma prova definitiva de sua existência, disse Darrel Strobel, um cientista do projeto Cassini, autor de um dos estudos sobre o hidrogênio.


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