Um
grupo de cientistas descobriu os dois maiores buracos negros conhecidos
até o momento, com uma massa quase 10 bilhões de vezes superior à do
Sol, informa um artigo publicado nesta segunda-feira (5) pela revista
"Nature".
Esses
buracos negros, localizados em duas enormes galáxias elípticas a cerca
de 270 milhões de anos-luz da Terra, são muito maiores do que se previa
por meio de deduções dos atributos das galáxias anfitriãs.
Segundo
os especialistas, liderados por Chung-Pei Ma, professora da
Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos, a
descoberta sugere que os processos que influenciam no crescimento das
galáxias grandes e seus buracos negros diferem dos que afetam as
galáxias pequenas.
Os
cientistas acreditam que todas as galáxias maciças com componente
esferoidal abrigam em seus centros buracos negros gigantescos.
As
oscilações de luminosidade e brilho identificadas nos quasares do
universo sugerem ainda que alguns deles teriam sido alimentados por
buracos negros com massas 10 bilhões de vezes superiores à do Sol.
No
entanto, o maior buraco negro conhecido até então, situado na
gigantesca galáxia elíptica Messier 87, tinha uma massa de apenas 6,3
bilhões de massas solares.
Os
buracos negros são difíceis de serem detectados porque sua poderosa
gravidade os absorve por completo, incluindo a luz e outras radiações
que poderiam revelar sua presença.
Os
cientistas avaliaram os dados de duas galáxias vizinhas a Messier 87 --
NGC 3842 e NGC 4889 -- e concluíram que nelas havia buracos negros
supermassivos.
Os
cientistas usaram o telescópio Gemini do Havaí, adaptado com lentes
especiais que permitem detectar o movimento irregular de estrelas que se
movimentam perto dos buracos negros e que são absorvidas por eles.
Os
pesquisadores constataram que a NGC 3842 abriga em seu centro um buraco
negro com uma massa equivalente a 9,7 milhões de massas solares,
enquanto, na NGC 4889, há outro com uma massa igual ou superior.
Esses
buracos negros teriam um horizonte de fatos, a região na qual nada, nem
sequer a luz, pode escapar de sua atração, cerca de sete vezes maior do
que todo o sistema solar.
Segundo
os especialistas, o enorme tamanho dos buracos se deve à sua habilidade
para devorar não só planetas e estrelas, mas também pequenas galáxias,
um processo que teria sido produzido ao longo de milhões de anos.
Fonte: Sky UFO-X
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