Vastas
regiões nas profundidades do subsolo de Marte são suscetíveis para
abrigar uma vida microbiana, anunciaram cientistas australianos que
compararam as condições de vida no Planeta Vermelho com as da vida na
Terra.
Apesar de apenas 1% do volume total da Terra (do núcleo à alta
atmosfera) abrigar alguma forma de organismo vivo, a proporção
alcançaria em tese 3% do volume de Marte, em especial nas regiões
subterrâneas, segundo Charley Lineweaver, da Universidade Nacional da
Austrália.
“O que estamos tentando fazer é, simplesmente, pegar todas as
informações de que dispomos, uni-las e perguntar:: ‘este conjunto é
coerente com a vida em Marte?’”, destacou o astrobiólogo Lineweaver.
“A resposta é sim. Vastas regiões de Marte são compatíveis com a vida
terrestre na comparação das temperaturas e da pressão terrestre com as
que se encontra no planeta Marte”, completou.
A escassa pressão e as temperaturas de 60 graus centígrados abaixo de
zero não permitiriam, por exemplo, a formação de água líquida na
superfície de Marte, mas nas profundidades do subsolo, porém, existem
condições para a existência de vida microbiana.
A presença de água em Marte, na forma de argila hidratada, foi
constatada por sondas americanas lançadas desde a década de 1970, mas
nenhum rastro de vida orgânica presente foi detectado até hoje.
A Nasa lançou recentemente o robô explorador Curiosity, o mais
sofisticado e mais pesado já enviado a outro planeta, para investigar
precisamente se a vida já existiu em Marte.
O robô deve pousar em Marte em meados de 2012 ao pé de uma montanha de 5.000 metros de altura na região marciana de Gale.
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