25 de janeiro de 2013

Após ameaçar EUA, Coreia do Norte volta-se contra a Coreia do Sul


  • Governo norte-coreano diz pode atacar caso o país vizinho se una à nova rodada de sanções da ONU


SEUL - A Coreia do Norte ameaçou nesta sexta-feira atacar a Coreia do Sul caso o país vizinho se una à nova rodada de sanções da ONU contra o governo norte-coreano, que na quinta-feira anunciou planos para realizar novos testes nucleares com alvo nos EUA. Em comunicado, o Comitê pela Reunificação Pacífica da Coreia disse que considerava o governo sul-coreano uma “marionete” e que as sanções significam uma declaração de guerra.





“Se o governo sul-coreano de marionete traidoras participar diretamente das chamadas ‘sanções’ das Nações Unidas , fortes ações físicas serão tomadas”, disse a nota. “Sanções significam uma declaração de guerra para nós”.
A ameaça, divulgada pela agência estatal KCNA, foi feita um dia depois do mais alto órgão militar norte-coreano anunciar planos para novos testes nucleares, que teriam como objetivo atingir os EUA. Em resposta, o governo americano divulgou uma nota descrevendo a ameça como uma “provocação desnecessária”.
Jay Carney, o porta-voz da Casa Branca, alertou que tais testes iriam somente aumentar o isolamento da Coreia do Norte. Já o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, disse que os planos norte-coreanos eram preocupantes.
- Nós estamos muito preocupados com o comportamento provocativo contínuo da Coreia do Norte - disse o secretário, em conferência em Washington.
Segundo o governo norte-coreano, o novo teste nuclear já está pronto e pode ser realizado “quando o líder Kim Jong-un quiser”. Se o país der continuidade a seus planos, será o terceiro ensaio nuclear confirmado da Coreia do Norte, depois de dois lançamentos em 2006 e 2009, seguidos de uma série de sanções da ONU.
A China, principal aliado político e econômico da Coreia do Norte, também demonstrou preocupação com os planos de testes. Em comunicado divulgado pelo porta-voz do Ministério do Exterior, Hong Lei, Pequim pediu que todas as partes envolvidas nas tensões se abstenham de realizar “ações que possam agravar a situação na região”.

Fonte: O Globo

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