Apesar da baixa atividade solar dos últimos dias,
o Sol continua a surpreender, desta vez revelando um gigantesco buraco coronal
que se estende desde o polo norte da estrela até boa parte das latitudes
elevadas. É uma região fria e escura, fonte de intensas rajadas de partículas
altamente carregadas.
Crédito: NASA/ESA, Apolo11.com |
Os buracos coronais são uma característica típica do Sol e podem
aparecer em diversos lugares durante os diferentes momentos do ciclo de
atividade solar.
No momento, o ciclo solar 24 está caminhando para seu momento
máximo, quando são esperadas tempestades solares muito mais intensas daquelas
observadas recentemente, embora alguns pesquisadores acreditem que o ápice
desse ciclo já tenha sido alcançado no mês de maio.
Durante o período da máxima atividade, conhecido como máximo
solar, os campos magnéticos da estrela se invertem e o número de buracos
coronais diminui, com os novos buracos coronais surgindo próximos aos polos.
Nesta fase os buracos coronais aumentam de tamanho e quantidade, se estendendo
dos polos em direção às altas latitudes à medida que a atividade da estrela
decresce.
Nestas ocasiões, são comuns as formações de buracos coronais ainda
maiores que o mostrado na foto, onde um gigantesco buraco na superfície da
estrela pode ser observado em tons negros. A cena foi registrada pelo
Observatório Solar e Heliosférico SOHO no dia 18 de julho de 2013 e mostra o
Sol visto no comprimento de onda ultravioleta extremo, brilhando a mais de 2
milhões de graus.
Buracos coronais são regiões escuras, zonas de baixa densidade na
atmosfera externa do Sol, a coroa. Por conterem menos material, apresentam
temperaturas mais baixas, vistas no ultravioleta extremo em tons mais escuros
que as regiões vizinhas, mais quentes. Neste tipo de foto, quanto mais quente
mais brilhante é a imagem.
Apesar de não serem considerados algum tipo de anomalia, o estudo
dessas feições do Sol são fundamentais para a compreensão do clima espacial,
pois são a fonte de ventos solares mais intensos que aqueles soprados de outras
regiões da estrela.
Não se sabe ao certo como esses buracos se formam, mas os estudos
mostram que estão relacionados às áreas do Sol onde as linhas dos campos
magnéticos se curvam e formam gigantescos loops acima da coroa.
Fonte: Apollo 11
Nenhum comentário:
Postar um comentário