A procura pelo Planeta X, um misterioso planeta hipotético que estaria nos confins de nosso sistema solar, acabou de ser revigorada, graças à matemática e a um astrônomo brasileiro.
Rodney Gomes, um astrônomo do Observatório Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro, diz que as órbitas irregulares dos pequenos corpos gelados além do planeta Netuno, implicam que um planeta com quatro vezes o tamanho da Terra esteja orbitando o nosso Sol, nos confins de nosso sistema solar.
Suspeita-se por muito tempo da existência do Planeta X, mas ela nunca foi provada.
Gomes mediu as órbitas de 92 objetos pequenos e planetas anãos do cinturão de Kuiper, e disse que seis desses objetos pareciam estar sendo forçados para fora de sua trajetória.
Na terça-feira (21/5), ele disse aos astrônomos da Sociedade Astronômica Americana que a razão mais provável para as órbitas irregulares seria um “companheiro solar de massa planetária” – um corpo distante do tamanho de um planeta, poderoso o suficiente para mover os objetos do cinturão de Kuiper.
Ele sugeriu que o planeta poderia ser quatro vezes maior do que a Terra – por volta do tamanho de Netuno, e estar 1.500 vezes mais longe do Sol do que a Terra.
Devido à esta distância, seria muito difícil para astrônomos da Terra conseguirem enxergar o que seria o mais novo membro de nosso sistema solar.
Rory Barnes, da Universidade de Washington, disse ao National Geographic que Gomes “apresentou uma maneira de determinar como tal planeta poderia esculpir partes de nosso sistema solar. Assim, apesar da evidência não existir ainda, eu achei que o grande ponto foi o fato dele nos mostrou as maneiras de encontrar as evidências“.
Hal Levision, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, em Boulder, no estado do Colorado – EUA, disse: “Parece surpreendente para mim que um companheiro solar, tão pequeno quanto Netuno, poderia ter o efeito que ele vê. Mas eu conheço o Rodney, e tenho certeza que seus cálculos estão corretos“.
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