30 de maio de 2012

Surpresa de 4,5 bilhões de anos vinda do espaço


Um grupo de cientistas da NASA descobriu um novo mineral de origem espacial em um dos objetos celestiais mais significantes da história – um meteorito encontrado na Antártica em 1969, conhecido como Yamato 691.

O meteorito estava entre os primeiro nove meteoritos descobertos pela Expedição de Pesquisa Japonesa da Antártica, nos campos de gelo daquele continente.  A análise mostrou que a rocha tinha mais de 4,5 bilhões de anos e era originária de um asteróide que orbita entre Marte e Júpiter.


A equipe da NASA, juntamente com seus colegas do Japão e Coréia do Sul descobriram recentemente pequenas inclusões de um mineral desconhecido no meteorito.  O mineral foi descoberto rodeado por outros materiais de natureza não identificada, que agora também estão sendo investigados.

O novo mineral é composto de moléculas de enxofre e titânio, os quais formam uma grade de cristal complexa.  As características da grade ainda estão para ser definidas.  O mineral perfaz somente uma minúscula porção da amostra do meteorito (50 x 450 nanometros, ou menos de um centésimo da espessura de um fio de cabelo humano).  Todavia, trata-se de uma parte integral da composição química da rocha.

O elemento foi batizado de Wassonite, em homenagem ao Professor John Wasson (UCLA), conhecido por seus incomparáveis  trabalhos na pesquisa de meteoritos.

A equipe de pesquisa, chefiada pela cientista Keiko Nakamura-Messenger, adicinou o mineral à lista aprovada pela Associação Mineralógica Internacional.

Wassonite é diferente de qualquer outro mineral encontrado na Terra, assim esta descoberta é considerável.  Este provavelmente não é  o único mineral que por bilhões de anos ficou escondido dos cientistas.  Meteoritos da Antártica escondem muitos mistérios que fascinam os pesquisadores do mundo todo.

Mais segredos do universo podem ser revelados destes espécimes, usando a nano-tecnologia do século XXI“, disse Nakamura-Messenger.




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